Quando buscar um encontro se transforma em exaustão
Pessoas com mais de 40 anos — especialmente aquelas acima dos 60 — já viveram várias histórias, ciclos e tentativas de amar. Com o tempo, e com o acúmulo de experiências, muitas sentem algo que vai além da frustração: uma sensação de esgotamento, uma espécie de exaustão afetiva silenciosa.
Esse fenômeno tem nome: Dating Burnout
É o cansaço profundo gerado por uma sequência de conversas rasas, encontros que não se concretizam e relações que se esvaziam antes mesmo de começar.
Conversas que se resumem a “oi, tudo bem?” — e morrem aí.
Conexões sem vínculo. Disponibilidades sem presença.
Na tentativa de facilitar os encontros, os aplicativos acabaram por intensificá-los de forma artificial:
“É como se os apps condensassem em poucas semanas a quantidade de encontros que talvez acontecessem ao longo de uma vida inteira. Só que é fake. A alma não acompanha esse ritmo.”
Criou-se a ilusão de uma oferta infinita de possibilidades — o “catálogo afetivo” — mas, junto dela, veio uma dificuldade crescente em escolher, em parar, em se vincular. Surge então uma estranha sensação de estar sempre perdendo algo — mesmo quando nada se ganha de verdade.
O resultado é uma sucessão de microencontros e microfrustrações. Um ciclo emocional acelerado, que mina o desejo, o ânimo e a esperança.
E o problema não está apenas nos aplicativos — ele se estende ao modo como estamos nos relacionando.
Vivemos a era do cansaço emocional.
As pessoas dizem que querem amar, mas não têm disposição para sustentar uma conversa, cultivar presença ou construir algo com profundidade.
Muitos já confessam:
“Tenho preguiça de conversar.”“Não sei mais como começar.”
“Não quero sair de casa para viver mais do mesmo.”
Essa fadiga afetiva é real. E não deve ser ignorada.
Mas ela também pode ser um sinal. Um convite a fazer diferente.
A recuperar o valor do tempo, da escuta, da alma presente no encontro.
A se reconectar com o que é verdadeiro — em si e no outro
Amores Amantes - Consultoria Afetiva